Mil e uma noites de amor e de terror
O presente comentário, é dedicado à enfermeira
Eidi Chitolina do CEONC em Cascavel, pessoa atenciosa e querida de todos, para
quem envio meus artigos toda semana via e-mail. Recentemente estive em Cascavel
para exames de rotina, e ela, apreciadora que é dos meus comentários lembrou
um artigo que escrevi tempos atrás, onde fiz críticas aos programas de
televisão, especialmente sobre novelas. Para demonstrar que também sou humano,
atesto que já persegui quatros novelas,ao
longo do meu viver. Digo persegui, por que novela não se acompanha, se persegue. Quando acaba um capítulo, o
telespectador não deseja nem dormir, com receio de não acordar no dia seguinte
e perder o próximo capítulo, mesmo sabendo que isso acontecerá 24 horas depois.
Presentemente passei a “acompanhar” a novela mil e uma noites, pois no início do
seu desenrolar, se parecia interessante, sem que apresentasse aquelas cenas
costumeiras de depravação e barbaridades. Engano meu; de repente os autores da trama descambaram para o lugar comum, com
personagens maus, dotados de toda sorte de maledicências, com traições,
infidelidades, crimes sem nenhuma alternativa ou defesa por parte dos
agredidos. Afora um personagem que em todas as cenas que aparece, se mostra com um terço na mão, os demais
protagonistas não estão nem ai para religião; não se vê ninguém numa igreja,
num culto, ninguém fala em Deus, ninguém é batizado, e como diz o bordão da comediante no
Professor Raimundo, “só pensam naquilo”. Aproximando-se o final
da novela, já se pode contabilizar o tempo perdido, e ainda chegar à conclusão
de que, do que se viu ali nada pode ser
aproveitado como conteúdo moral ou mental. Eu continuarei a persegui a novela até
o final, pretendendo abandonar depois desse deslize, já que errar é persistir
no erro. Muitas mortes, intrigas, traições estão por vir, numa demonstração de
que os autores primam pelo que acham que o telespectador gosta de ver.
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