AO CONTRÁRIO DE GETÚLIO, JOAQUIM ENTRARÁ PARA A HISTÓRIA SEM DEIXAR A VIDA.
“Estou num mar de lamas”. Esta frase, já serviu para muitos políticos influentes, governantes, autoridades da mais alta categoria e respeito, traduzirem suas angústias e apreensões. Getulio Vargas foi um deles, que dela fez uso, quando se viu “sem pai e nem mãe”, em meio a intrigas de todos os lados, que lhes tiraram a tranquilidade de governar, levando-o às últimas consequências, as quais são do conhecimento de todos, que conhecem sua historia. Na sua carta testamento, deixada momentos antes do seu suicídio, escreveu: “deixo a vida para entrar na história”. Para não alongar meu artigo da presente semana, com comentários que o óbvio torna esclarecido, deixo aqui o meu voto de pesar, pelo “abandono precoce” da vida Jurídica, de Joaquim Barbosa, Meritíssimo Juiz e Presidente, do Superior Tribunal Federal, o qual optou por ter a coragem de lutar – mesmo com pouco espaço, a se acovardar ou se sujeitar às pressões, que o fariam mudar sua opinião, e desfrutar de um espaço confortável, que ele já cansara de ver gozando os seus algozes. Outro Barbosa, o Rui, também afrodescendente, escreveu esse pensamento cem anos atrás, que traduz fielmente a visão que não compactuava com os seus princípios. Escreveu ele: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” Rui Barbosa. E eu modestamente penso: “por vezes, a vitoria deixa transparecer que é nossa, quando reconhecemos que perdemos.” É também uma virtude...
Nenhum comentário:
Postar um comentário