sábado, 26 de janeiro de 2013

A LAVOURA NO NORTE . . .


A LAVOURA NO NORTE É MOLHADA COM SALIVA DOS POLÍTICOS.

Gente, eu tinha sete anos; morava em Salvador-Ba, bem ao lado da estação ferroviária da CIA. LESTE BRASILEIRO. Ali eu vi por uns bons tempos, chegar os trens vindos do interior, superlotados de retirantes - como eram chamados, fugindo da seca do semi árido, do árido de uma vez e finalmente do sertão, onde aquele calo d'água, feito no pé por um sapato novo, quando se fura, sai poeira; onde milho verde, se chegar a crescer por alguns chuviscos no período, quando se vai colher já está cosido, é só por sal e comer. Desde esse tempo leitores, são setenta anos passados. Setenta anos comportam quase vinte presidentes em seus mandatos. Diziam que era por que os presidentes em sua maioria eram do sul, e por isso não olhavam para o povo nordestino. Nos dez anos que se passaram recentemente, não havia desculpas. O presidente era do Norte, saiu por que tinha que sair, mas passou a bola da vez para quem ele bem entendeu e para que continuasse sua obra. Mas não; demonstrando que político é que nem assombração, tem que aparecer, o ex se preocupou com a sua imagem, com a sua popularidade, onde até a corrupção ajudou a levantá-lo, já que enquanto alguns diziam que havia - ele acreditado que nem o molusco, que lhe empresta o nome, até debaixo d'água, dizia em contrário, onde sua palavra tornava-se lei. E ai, enquanto o povão, come sopa de cactus  toma água barrenta- quando tem, vai a posto de saúde que não tem médico de plantão, ironicamente toma café com a presidente pela manhã, acompanhado de rosquinha de polvilho, para justificar o papo furado, do pronunciamento.

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