INDEFINIÇÃO A CRISE COM ONZE LETRAS.
O título do filme assim definido por mim no artigo anterior, tem a ver com o
que poderá acontecer no contexto geral, sabendo-se que, um segmento depende do
outro, formando-se uma zona de instabilidade, na indústria, no comércio e em
toda cadeia produtiva, com consequências imprevisíveis. Para ter uma ideia do
que acontece, se a indústria automobilística deixar de produzir cem mil
veículos no ano, serão quinhentos mil pneus, 400 mil bancos e encostos,
seiscentos mil vidros, quinhentos mil rodas, cem mil conjuntos de latarias,
onde desse último item, representam setecentos mil componentes da lataria, que
deixarão de ser produzidos e que não são fabricados pelas montadoras. As
demissões também virão em cadeia em todos os setores, causando quebra na
produção, nas vendas, na indústria e no comercio em geral. O que não se entende
é que, com doze anos de experiência à frente do governo, após dois meses de uma
reeleição, conseguida justamente pelos “sucessos” demonstrados durante aquele
período, a situação tenha se invertido substancialmente, com demissões sem
propósito, como foi a de Guido Mantega, que a princípio foi o condutor da
política econômica do governo no citado período. A preocupação era a dívida
externa e agora é a interna, que puxada pela taxa Selic, pagará a quem adquiriu
títulos do governo, juros que chegarão perto de trinta e três bilhões no ano de
2015. Os empregados que serão obviamente demitidos, criarão milhares e quem sabe
milhões de inadimplentes, cujos compromissos financeiros deixarão de ser
cumpridos, gerando toda espécie de débitos, que dificilmente tornarão
retomados.
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