ELA SERÁ RICA EM
DINHEIRO E SEMPRE POBRE DE ESPÍRITO.
Naquela antiga
canção interpretada por Nelson Gonçalves, contém dois versos que dizem: “aqui
se faz aqui se paga”; “é lei divina é lei de Deus”. E ai está a paga que se
deve atribuir ao modismo; se deve atribuir à vontade humana de sobrepujar o
inatingível; se deve atribuir à criação de atitudes que, por mais que deixem
transparecer quão grandiosas são, em termos de avanços sociais, na realidade
são uma mistura de sucesso com degradação, de alegria com depravação, de
excesso de libertinagem com falta de vergonha e amor próprio. Quem idealizou e
lançou a moda de que o sexo é alimento, e que sem ele - o jovem infantil
diga-se de passagem, não estará alimentado e muito menos realizado? Quem
idealizou transformar a transa inocente, estimulada e esporádica, que sempre
existiu na mocidade, numa obsessão sem precedentes, sem falar na banalização do
sexo? A jovem, que é a manchete do momento, já poderia ter oficializado a perda
da virgindade aos 14 ou 15 anos. Apenas optou por fazer uma poupança. Teria
pensado ela: vou valorizar o meu e pronto. Ao invés de fazê-lo gratuitamente,
pelo simples fato de que era chegada a hora, guardou, e agora o faz, por 1,5
milhão de reais, diante dos olhares incrédulos e impotentes, dos pais, de
autoridades civis, militares e da justiça, os quais estão com tudo em termos de
modernidade e não estão com nada, em termos de valores morais.